Os distúrbios relacionados à tireoide são cada vez mais comuns, atingindo pessoas de diferentes faixas etárias.
Saber mais sobre eles pode ser o diferencial para buscar tratamento e evitar complicações.
Você ouviu falar na doença de Plummer, mas ainda não sabe do que se trata e quais os sintomas?
Esse poat vai te mostrar tudo sobre a condição, que é comum, apesar de pouco conhecida.
O que é doença de Plummer?
O bócio nodular tóxico, que também é conhecido como doença de Plummer ou bócio uninodular tóxico, pode ser considerada uma forma distinta de hipertireoidismo.
Estudada pela primeira vez em 1913, a condição recebe esse nome por causa do pesquisador Henry Plummer e embora não seja tão conhecida quanto a doença de Graves, é a segunda maior causa para hipertireoidismo em países emergentes e desenvolvidos.
Como o próprio nome sugere, a doença de Plummer consiste na presença de um nódulo na tireoide e além dos sintomas, pode ter muitas consequências para os portadores, como problemas cardíacos.
A doença de Plummer normalmente atinge pessoas acima dos 60 anos, mas essa não é uma regra e pessoas mais jovens já foram afetadas pela condição também.
O diagnóstico é feito através de exame de sangue voltado para a dosagem dos hormônios da tireoide.
O primeiro indicativo da presença da doença de Plummer são níveis baixos de TSH, acompanhados por níveis normais de T3 e T4.
Uma vez que o exame de sangue levante suspeitas, o médico pode pedir o mapeamento com radioisótopo para confirmar o diagnóstico. O nódulo possui aspecto “quente” ao exame.
Tema de muitos estudos, a causa exata da doença de Plummer ainda não é conhecida.
Sintomas da doença de Plummer
Os sintomas da doença de Plummer não estão ligados apenas ao hipertireoidismo que a condição causa. Veja os sintomas que o portador de bócio nodular tóxico pode apresentar:
- Bócio.
- Intolerância ao calor.
- Déficit de atenção e hiperatividade.
- Fraqueza muscular.
- Aceleração dos batimentos cardíacos.
- Tremor nas extremidades, como mãos e pés.
- Insônia.
- Irritabilidade
- Perda de peso.
- Pele, unhas e cabelos mais finos.
- Aumento do apetite.
- Osteoporose.
- Taquicardia resultante da tireoide aumentada.
- Dificuldade de deglutição causada pelo bócio.
Vale ressaltar que o aparecimento do bócio no caso da doença de Plummer não está associado ao hipertireoidismo e que ao contrário da doença de Graves, essa não faz os olhos saltarem.
- Veja também: Problemas na tireoide: causas e sintomas
Tratamentos para doença de Plummer
Uma vez que o paciente seja diagnosticado com a doença de Plummer, fica claro que tratamentos comuns para hipertireoidismo não são efetivos no longo prazo e não causam remissão da condição.
Apesar disso, o tratamento com drogas antitireoidianas é usado para normalizar a tireoide em casos graves até que o tratamento definitivo possa ser feito.
Em idosos que tenham contraindicação aos tratamentos com iodo e cirúrgico, uma opção é manter o tratamento contínuo com drogas antitireoidianas.
Os tratamentos definitivos para a doença de Plummer são:
- Radioterapia com Iodo 131
Proibido para gestantes, o tratamento com radioterapia com iodo 131 é administrado por via oral.
Sendo um dos mais seguros, é o método de preferência para endocrinologistas americanos.
- Tireoidectomia
Em casos mais graves, o paciente deve ser encaminhado para cirurgia para remoção de cerca de 90% da tireoide.
Essa é uma cirurgia arriscada, já que existem duas estruturas próximas à tireoide que não podem ser lesionadas.
- Injeção percutânea de etanol
O procedimento é minimamente invasivo e consiste em injetar etanol estéril no tumor, através de uma agulha fina, com volume calculado de acordo com o tamanho do nódulo.
Ele é dividido em sessões e sem anestesia.
- Ablação por radiofrequência
Embora tenha chegado recentemente ao Brasil, esse método já é usado em países como a Coreia do Sul e Itália.
Na ablação por radiofrequência, o paciente pode receber tanto anestesia local quanto geral.
Outros procedimentos minimamente invasivos, como laser, têm mostrado que são eficazes no controle da doença de Plummer.
Os estudos em busca de novas opções de tratamentos definitivos para as doenças da tireoide não param e os avanços nesse campo são positivos.
- Veja também: Exames para tireoide – Quais são? Quando fazer?
A doença de Plummer pode virar câncer?
A doença de Plummer é causada pela presença de um nódulo, que em quase todas as ocasiões é benigno.
Isso não exclui a possibilidade da evolução da doença de Plummer para um câncer, como ocorre com qualquer tumor.
Pacientes que não tratam a condição tem mais risco de desenvolver câncer, por isso é importante procurar um médico assim que nota os sintomas.
- Veja também: Principais dúvidas sobre a tireoidectomia
A doença de Plummer tem cura?
Uma vez que o paciente realize algum dos tratamentos definitivos para doença de Plummer, o paciente fica curado da condição e pode viver normalmente.
Para as pessoas que não precisaram de cirurgia de remoção da tireoide, os cuidados para manter os hormônios da glândula equilibrados devem ser redobrados.
Não existem dados referentes à reincidência da doença, por isso os riscos de ocorrência são mínimos.
- Veja também: Problema na tireoide tem cura?
Saber mais sobre a doença de Plummer foi útil para você?
Conhece alguém que tem a doença ou os sintomas?
Então compartilhe para que mais pessoas tenha conhecimento sobre essa condição!
Seu relato aqui nos comentários também é muito bem-vindo 😉
- Veja também: Problemas na tireoide: causas e sintomas
Fontes:
- Como devo manejar um paciente com bócio nodular tóxico (doença de Plummer- adenoma tóxico e bócio multinodular tóxico)?
- Adenoma tireoideano tóxico: aspectos clínicos e conduta
- Plummer disease
- Hipertiroidismo
- Novo método para retirar nódulos benignos da tireoide facilita vida de pacientes
- Bócio multinodular tóxico: aspectos clínicos e conduta