Você, com certeza, já ouviu falar em tireoide.
Esta é, por sua vez, uma das glândulas mais importantes do organismo humano visto que é responsável pela produção de dois hormônios: triiodotironina, conhecido pela sigla T3, tiroxina, também chamado de T4.
Mas, para além dela, você sabia que o nosso corpo é formado por mais outras seis glândulas endócrinas?
Uma delas, aliás, é a paratireoide. Esta é, assim como as outras, tem a própria função e importância no organismo humano, apesar de muita desconhecer.
Pensando em sanar as possíveis dúvidas sobre o que é paratireoide e a função dela, hoje, temos a missão de informar e explicar mais sobre esse assunto. Vamos juntos saber mais?
Entenda a relação entre a tireoide e a voz
Paratireoide: o que é e para que serve?
A paratireoide é uma glândula e, por isso, faz parte do sistema endócrino.
Esse órgão apresenta-se sob a forma de quatro nódulos que assumem o tamanho de uma ervilha bem como localizam-se nos polos inferior e superior do dorso da tireoide.
Por isso, recebe o nome de paratireoide.
Embora seja menos conhecida, essa glândula tem uma importância enorme no nosso organismo.
Isso porque ela é responsável pela produção e sintetização do paratormônio, conhecido pela sigla PTH. Essa substância tem como função a regulação do cálcio do corpo.
O cálcio é, por sua vez, um dos minerais mais abundantes do organismo humano.
Ele é essencial para a mineralização dos ossos e dos dentes bem como para manter a força e contração muscular.
Além disso, o cálcio normaliza o ritmo cardíaco bem como a coagulação sanguínea.
Paratormônio: como age o hormônio da paratireoide
O paratormônio é uma proteína constituída por uma cadeia simples de polipeptídio com cerca de 84 aminoácidos e, por isso, apresenta-se com um peso de 8500 D.
Para além dessas características, o paratormônio é antagônico da calcitonina.
Dessa maneira, a ação conjunta dessas duas substâncias proporciona o equilíbrio da taxa de cálcio no sangue cuja concentração plasmática varia entre 8,8 a 10,4 mg/dL.
No entanto, a disfunção do nível de cálcio do organismo pode promover determinados quadros médicos.
Hiperparatireoidismo (paratormônio alto)
O hiperparatireoidismo caracteriza-se pelo aumento abundante do hormônio paratormônio, como o nome já sugere.
Esse quadro clínico pode ser de três tipos que, por sua vez, determinam as possíveis causas para o desenvolvimento dessa condição.
O primeiro tipo é o primário.
Nesse tipo, o problema origina-se na própria paratireoide o que significa que é decorrente do paratormônio alto sem um estimulo externo: pode ser o aparecimento do tumor benigno em que as células e o hormônio aumentem exageradamente.
O segundo tipo, por sua vez, é o secundário.
Ele constitui-se do aumento da taxa de cálcio proveniente de determinadas alterações do organismo, como doenças, tais quais insuficiência renal, carência de vitamina D, bem como o uso de alguns remédios.
O terceiro tipo é o mais raro. Ele caracteriza-se pela maior produção e sintetização do paratormônio por contra própria.
Nesse caso, a condição pode surgir após algum tempo de hiperpatireoidismo secundário.
Sintomas de paratormônio alto
Os principais sintomas de paratormônio alto correspondem a:
- Dores ósseas
- Problemas nas articulações
- Osteoporose
- Cálculo renal
- Dor no abdômen
- Depressão
- Perda de apetite
- Fadiga
- Cansaço excessivo
- Aumento da vontade de urinar
- Náuseas
- Vômitos
No entanto, esses sinais não costumam aparecer com tanta frequência.
Assim, o paciente, na maioria das vezes, descobre que tem essa doença por meio dos exames clínicos, como os de sangue, que mostram o aumento do nível de cálcio no organismo.
Hipoparatireoidismo (paratormônio baixo)
O hipoparatireoidismo é um problema oposto ao hiperparatireoidismo.
Sendo assim, essa é uma doença que caracteriza-se pelo paratormônio baixo que acontece, geralmente, devido a remoção das glândulas, doenças autoimunes bem como da má funcionamento da paratireoide.
Sintomas de paratormônio baixo
Os principais sintomas de paratormônio baixo constituem-se da relação com o nível de cálcio.
Nesse caso, a taxa desse mineral fica abaixa do normal o que causa o quadro chamado hipocalcemia. Este, por sua vez, apresenta os seguintes sinais:
- Dores musculares
- Unhas quebradiças
- Perda de cabelo
- Palpitações cardíacas
- Convulsões generalizadas
- Fraqueza e/ou cansaço excessivo
- Falta de sensibilidade em algumas partes do corpo
- Formigamento nos lábios e pontas dos dedos
- Cólicas menstruais fortes
A intensidade desses sintomas depende diretamente da gravidade da doença: casos mais leves podem não apresentar nenhum sinal físico.
Assim, o paciente descobre a condição por meio de exames clínicos.
Exame de paratormônio
O principal meio de diagnosticar um problema na paratireoide – seja este, o aumento ou a redução do hormônio – é a realização de exame de paratormônio.
Este não exige nenhum preparo, mas a coleta do sangue deve acontecer, preferencialmente, pela manhã.
O endocrinologista também pode pedir a medição dos níveis de cálcio e fosforo do paciente.
Além disso, o médico pode prescrever exames de radiografia para confirmar o paratormônio alto bem como eletrocardiograma para verificar possíveis alterações decorrentes.
Como cuidar de problemas da paratireoide?
O tratamento de problemas da paratireoide varia de acordo com a situação.
No caso do paratormônio baixo (hipoparatireoidismo), a melhor forma de tratar é usar determinados medicamentos e/ou suplementos prescritos pelo médico.
Um desses pode ser a suplementação de vitamina D já que esta contribui na absorção do cálcio no organismo.
Isso porque a falta desse nutriente está relacionada à hipocalcemia leve e ao hipoparatireoidismo. Assim, há uma relação direta entre paratormônio e vitamina D.
Além da reposição, o médico também pode pedir uma alimentação rica em cálcio, como leite e queijo.
O tratamento para paratormônio alto (hiperparatireoidismo), por sua vez, corresponde a diversas opções: uso de remédios bisfosfonados, reposição hormonal e cirurgia.
Tireoidopatia parenquimatosa: o que é?
Já tinha ouvido falar em paratireoide?
Você sofre com carência ou excesso de cálcio?
Se sim, como trata?